Seroprevalence of Helicobacter pylori infection in chronic chagasic patients, and in the rural and urban population from Uberlândia, Minas Gerais, Brazil

As patients with chronic Chagas disease exhibit morphological and functional changes of the stomach (hypomotility and hypochlorhydria), malnutrition, immunological deficiency and high prevalence of peptic disease associated to Helicobater pylori infection, the purpose of this study was to evaluate if the prevalence of H. pylori infection in chronic chagasic is higher than in non-chagasic individuals in the urban and rural population from Uberlândia, MG, Brazil. Serological determination of IgG antibodies to H. pylori was performed using a second-generation ELISA. Thus, 598 people were evaluated: 128 chagasic (CG), 222 non-chagasic living in urban area (U-NCG) and 248 non-chagasic living in rural area (R-NCG). Regarding the age range from 21 to 50 years, the prevalence of H. pylori infection in the CG (85.1 percent) was significantly higher than in the U-NCG (56.3 percent, p < 0.01) and the R-NCG (67.4 percent, p < 0.05). In the patients over 50 years, the prevalence in the CG (86.4 percent) was similar to the U-NCG (78.8 percent) and R-NCG (86.1 percent). Similar results were also found between the U-NCG and R-NCG for all age ranges, with prevalence rates of 29.1 percent and 35.3 percent for the age range from 5 to 13 years, and 47.2 percent and 40 percent for that from 14 to 20 years, respectively. We conclude that chagasic patients showed a higher seroprevalence of H. pylori infection than non-chagasic individuals, in the age range from 21 to 50 years, and that the prevalence of this infection was similar in the studied urban and rural non-chagasic population

Colelitíase em chagásicos crônicos / Cholelithiasis in the chronic Chagas' disease

Os estudos sobre a ocorrência de litíase biliar na doença de Chagas crônica apresentam resultados conflitantes. Visando contribuir para o melhor entendimento do tema, foi avaliado, por ultra-sonografia, a freqüência de colelitíase em 128 chagásicos com diferentes formas anatomoclínicas da doença, sendo 85 homens (idade média: 53 + 13 anos) e 43 mulheres (idade média: 53 + 10 anos). Dezenove homens e 18 mulheres tinham a forma cardíaca, 32 homens e 19 mulheres, a digestiva, 20 homens e 3 mulheres, a cardiodigestiva, e 14 homens e 3 mulheres, a indeterminada. Como controle, utilizou-se a casuística de 1139 indivíduos necropsiados, näo-chagásicos, sendo 716 homens e 423 mulheres (idade média de 46 + 14 anos para ambos os sexos). A freqüência de coletíase em homens chagásicos (14,1 por cento) foi significativamente maior que nos controles (6 por cento); por subgrupo, foi significativamente maior nos portadores das formas cardíaca (26,3 por cento) e cardiodigestiva (20 por cento), mas näo na digestiva (9,4 por cento). Também foi significativamente maior a freqüência de colelitíase em mulheres chagásicas, tanto no total (42 por cento), quanto em relaçäo às formas cardíaca (50 por cento) e digestiva (31,6 por cento), comparadas ao grupo controle (14 por cento). Concluiram-se que chagásicos crônicos, homens ou mulheres, apresentam aumento da freqüência de colelitíase e que a preocupaçäo com este fato nao deve ser restrita à forma digestiva da doença, como sugerem trabalhos anteriores a respeito.